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A gente sempre dá um jeitinho.

  • WH Sallas
  • 15 de set. de 2016
  • 3 min de leitura

Existem tantos motivos para tantas coisas que as vezes a gente se perde. E esquece o que realmente importa. Cada entrelinha se encaixa de uma maneira diferente na nossa vida, depende do dia, depende do nosso humor, depende do nosso coração, depende da nossa razão e de uma porção de outras coisas. Talvez você leia algo por aí que ainda te faça acreditar em nós dois, mas também lê sobre coisas que talvez te faça acreditar que foi melhor assim. A verdade é que se eu fizesse um compilado dos meus melhores textos, nos primeiros eu falaria de você, nos outros eu te citaria indiretamente, em alguns secretamente, e também existiria aqueles em que eu não te conhecia, mas quando o Facebook me mostra nas "Lembranças" toda manhã. Eu vejo que você se encaixa perfeitamente. Eu escrevia pra você sem te conhecer, eu escrevia sobre alguém que eu não conhecia mas conseguia definir em linhas o que muita gente não consegue falando. De fato, me sinto especial, não por poder saber definir exatamente os meus sentimentos, mas especial por ter te conhecido, e ter a oportunidade de todos os dias, acordar e fantasiar futuros que talvez não cheguem, mas vale a pena, vale pelo sorriso que fica no meu rosto quando te imagino em frente a uma lareira e um tapete vermelho na sala. Se eu tentasse com exemplos bobos definir como é esse meu amor por você. Eu usaria sua manias para isso: Te amar é como você ir no shopping pra comprar roupa. Todo mundo sabe como você fica com o sorriso estampado. Faz contas mesmo sem ter dinheiro pra pagar. A Youcom te ama. Te amar é ver você pedindo seu açaí, você tenta não parecer eufórica, mas você já faz o pedido meio sorrindo. E quando senta na mesa, você fala: "Sabe quanto tempo eu não tomo?". Te amar é ouvir suas historias repetidas, você sempre conta quando lembra, sempre com a mesma intensidade quando na primeira vez. "Meu cabelo ficou tão gorduroso..." / "Eu jogava às notinhas tudo lá amassada pra mulher ver..."

Algumas coisas tendem a mudar com o tempo, deve ter sido a origem da frase: O tempo cura. Mas ele só cura o que precisa ser curado. Tem coisa que ainda está tão intacta, que mesmo depois de dias, semanas, meses... Aconte

ce e você nem se da conta, parece tão natural quanto na primeira vez.

Quando Renato Russo perguntou aquela vez no show se alguém já tinha sofrido por amor, e uma multidão levantou a mão. Ele explicou que amor não machuca e não faz sofrer. Por anos eu discordei dele. Mas eu finalmente entendi, o amor não machuca mesmo. A gente é que não sabe amar. Crescemos 'apanhando' de nossos pais, brigando com nossos irmãos, amigos e familiares e perdoando depois, pois foi assim que nos foi ensinado. Então temos a falsa sensação de que pra amar, precisamos sofrer, machucar. Achamos que amor é o quanto o outro aguenta sofrer e ainda continuar com a gente. O quanto podemos aguentar e ainda permanecer amando. E isso é a coisa mais errada que se pode fazer nos dias de hoje.

Mas essa loucura toda é tão boa, porque mesmo que tenha todos os motivos para ir. Algo te faz ficar. Quando é amor mesmo, você sente o que o outro sente, vocês são ligados um ao outro, vocês conseguem ver e entender que por mais que você diga "Eu o amo, mas não da mais". Sempre dá.

Porque a gente sempre deu um jeitinho.


 
 
 

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Declaração de autoria: WH Sallas.

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