A esperança que salva.
- WH Sallas
- 6 de set. de 2016
- 2 min de leitura
Ela acabara de fazer 21 anos, e sua esperança para achar o cara certo já tinha acabado quando completou 19. Depois de um certo tempo você aceita que a maioria dos encontros só podem terminar em uma coisa: Sexo casual. E por mais que ela aceitasse aquilo, ainda seguia a regra dos cinco encontros, talvez por ainda restar um fio de esperança dentro dela.
E o quinto encontro era naquela noite, e ela já havia aceitado o fato de que era só sexo e pronto. Mas a esperança dentro dela não, fez ela se arrumar a caráter, um vestido preto colado que destacava cada curva do seu corpo, os brincos novos que comprara, e o anel da avó que nunca tirava do dedo, salto, maquiagem e um perfume doce frutado. A noite foi planejada a risca por alguém que parecia só querer sexo, ele seguiu cada passo do roteiro: Buscou em casa, levou flores, restaurante 5 estrelas na Times Square. Tudo perfeito.
Quando chegaram na casa dela, e ela já estava pronta para ceder, uma idéia maluca surgiu.
- Eu te convido pra subir... se você acertar qual a minha cor favorita?
- Que pergunta boba, por que isso? Eu nem faço questão assim de subir...
- É, eu já imaginei...
- Seu anel favorito é verde, sempre está usando sombra verde... e esses brincos novos, verde, então eu acho que é verde.
Ela que sempre respondia "Azul" para parecer sociável, afinal, ninguém gostava de verde, se surpreendeu. Com ele, ela poderia assumir que era verde. Naquela noite eles só dormiram, ele não queria apressar as coisas e correr o risco de algo dar errado. Pela manhã, ele preparou o café, e deixou um bilhete: "Pronta para nosso sexto encontro?"
Esse fio de esperança dentro de você vai te salvar.

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